quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Mórbido

Hoje eu fui no enterro de um ex-colega meu. Ele tinha apenas 18 anos e morreu por um deslize, literalmente, que o levou ao afogamento. Diferente do que muitas pessoas pensam ao saber da notícia, não foi uma inconsequência adolecente, mas um verdadeiro acidente. Era dia e ele estava sóbrio, apenas entrou na água para que o amigo tirasse uma foto. Bastou um escorregão e a pressão da água não o deixou subir. Esse é o tipo de notícia que nós vemos na televisão e pensamos "Nosssa, que horror. Coitado dele e da família.", mas nunca imaginamos que pode acontecer com alguém que a gente conhece. Até que acontece.

Mesmo não sendo próxima dele, eu fiquei em estado de choque. Por sinal ainda estou. Parece que a ficha não cai. Eu pensei em várias formas de expressar o que sinto agora, mas nenhuma delas me parece adequada. Não é minha intenção tornar esse post depressivo, apesar de ser algo meio inevitável, portanto deixarei apenas um dos meus pensamentos. Diante dessa situação eu percebi de vez como a vida é frágil. A teoria é clara: basta estar vivo para morrer, mas nós evitamos essa ideia.

A morte do Plínio me fez ver de vez como o acaso surpreende. Nós deixamos de fazer e dizer tantas coisas por medo de ser rejeitado ou passar vergonha, mas a verdade é que uma hora nada disso vai importar. Agora eu estou começando a pensar e escrever demais (acabei de apagar um parágrafo sem nexo), então vou parar por aqui. Pensem nas suas prioridades e vivam como achar melhor, porque o único sentido da vida é viver.

Xoxo,
P.

Um comentário:

  1. Eu apenas posso concordar com tudo que você disse. Eu não conheci o menino mas imagino a dor que deve ser para todos.

    "Pensem nas suas prioridades e vivam como achar melhor, porque o único sentido da vida é viver." Sim, sejam felizes sem se arrepender, pois tudo pode ter um fim repentino.

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